Para o que? Paraguay! PARTE 2
Vou continuar a contar a nossa viagem desastrosa para o Paraguay. Para ver a parte um clica aqui: PARTE 1.
Seguimos nossa viagem rumo á Assuncion. E o caminho apesar de bonito é louco. Tanto que criamos o bordão: "Se está quente aqui, imagina no Paraguay". Vocês não tem noção, ôôôô lugar quente. HAHA. Mas além disso, a lei lá só serve para o visitante. O pessoal local, não segue muita lei não. Exemplo são as motos. Capacete? Não existe! Dois passageiros por moto? QUE? Lá vimos uma família inteira em cima de uma moto (pai, mãe e duas crianças - claro, todos sem capacete).
Chegamos em Assuncion e mais um Hostel nos esperava. Nossa intenção era chegar até dormir, seguir para o consulado para pegar o documento que não pegamos na entrada do país e seguir viagem para a Argentina. Foi o que fizemos. Dia seguinte, acordamos felizes e fomos para o consulado brasileiro no Paraguay. Chegando lá fomos super bem atendidos, mas infelizmente nada por ser feito. O documento que não tiramos, só poderia ser retirado na entrada do país. Retiramos um documento que alegava que estávamos á passeio no país e que o consulado estava ciente, porém reafirmou que a polícia poderia ainda sim (deu quase certeza que sim) complicar com a nossa passagem. E adivinhem? Foi o que aconteceu. O consulado conselhou voltarmos para Ciudad del este e não seguirmos diretamente para a Argentina, já que não tínhamos a documentação correta. Voltamos para o hostel, arrumamos as malas e seguímos de volta.
Na volta, estava indo tudo bem. Todas das várias barreiras policiais existentes no meio do caminho, não estavam nos parando. De fato, sentíamos que éramos vitoriosos. Cada barreira policial, era um aperto no coração e um alívio após passar.
Até que na penúltima barreira fomos parados e daí não teve jeito. Policial veio, paramos o carro e demos os documentos que tínhamos. Ele foi até uma casinha na beira da estrada, voltou e pediu para o Lucas acompanhá-lo. Lá vai o Lucas, entrou na casinha e nisso, sai um policial e começa a fechar todas as janelas. Volta Lucas, com uma cara nada feliz. Ele chega e diz que os policias não aceitaram o nosso documento, que estamos ilegais no país e que para sermos liberados deveríamos pagar a tal PROPINA de R$ 400. Alegando que se não pagarmos, na travessia da ponte da amizade seria cobrado o valor de R$ 400 por pessoa. Catamos cada real que tínhamos dentro do carro e por sorte juntamos o valor de R$ 350, oferecemos e eles, bem a contra gosto, aceitaram. E O MELHOR, perguntaram se teríamos dinheiro para o pedágio e como não tínhamos, eles devolveram-nos o valores referente. Lucas entrou no carro e seguimos a viagem. Furiosos e muito chateados. Depois passamos por outras barreiras, que chegavam até a fazer sinal para pararmos e ao ver a placa liberavam. Atravessamos a ponte sem problemas nenhum e quando voltamos eu nunca me senti tão feliz e protegida por estar pisando no meu país.
A viagem que era pra ter sido maravilhosa e pelo menos a minha primeira trip pela américa latina, acaba assim. Sendo muito mais recepcionada pelo que deveria ser a segurança do país vizinho. Fomos "assaltados" pelas pessoas que deveriam nos defender e não tínhamos nem a quem recorrer.
Voltamos para o melhor hostel da vida (Tetris) em Foz do Iguaçu e depois seguimos para SC, onde passamos o restante das nossas férias. Foi decepcionante? Foi. Faria de novo? Não. Mas fica o aprendizado e a vontade de percorrer a américa latina continua. Tentaremos sim, agora quem sabe de avião.
Me acompanhem pelo:
Instagram: @jusluna / @granolacomiogurte
Snap: jusluna